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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Fusão Carrefour-Pão pode trazer benefícios à economia brasileira

Segundo reportagem publicada na revista inglesa The Economist, a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil, se concretizada, traria benefícios para a economia nacional. Entre eles, está a contribuição para uma maior internacionalização das empresas brasileiras, uma vez que apenas um grupo restrito possui subsidiárias em outros países.
Em outras palavras, a empresa resultante da união entre as duas varejistas poderia entrar em novos países. Esse movimento automaticamente favoreceria a comercialização no exterior de produtos fabricados aqui. Tanto que a matéria do The Economist sugere que os políticos brasileiros estão preocupados com o fato de o Brasil estar se consolidando principalmente como um exportador de commodities. “Então, estão entusiasmados com a ideia de criar campeões nacionais em outros setores, mesmo que sejam parcialmente controlados por estrangeiros”, diz o texto.
A reportagem cita ainda os empecilhos da fusão pretendida pelo empresário Abílio Diniz, com aporte que pode chegar a R$ 3,9 bilhões do BNDES. Uma das dificuldades seria a necessidade de obter aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O órgão é o responsável por analisar e julgar se haverá excesso de concentração de mercado nas mãos da nova empresa. Além disso, existem as desavenças com o grupo Casino, também francês e que atualmente detém uma parcela significativa de ações do Pão de Açúcar.

A reportagem também ressalta que o Carrefour tem passado “por maus bocados” na França, onde “tentou, por anos, reavivar o setor de hipermercados, sem muito sucesso.” Diante disso, o negócio com o Brasil tem “atrativos óbvios” – entre eles, a revista cita um mercado ainda “fragmentado” no País, uma economia crescente, uma democracia estável e uma população jovem. “A nova companhia (criada pela eventual fusão) teria vendas combinadas de R$ 69 bilhões e uma fatia de 21% do terceiro maior mercado supermercadista do mundo, depois dos EUA e da China.”
Fonte: BBC Brasil